A avaliação do estado de saúde do governador afastado e preso do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), deve ser concluída nesta terça-feira por seu médico particular, Brasil Caiado.
O médico afirmou à Folha Online que ainda não divulgará os resultados dos exames que já foram realizados e estão prontos, como a ressonância no tornozelo direito e o holter utilizado para medir os batimentos cardíacos, porque prefere fazer o diagnóstico completo.
Segundo Caiado, Arruda voltou a reclamar na noite de ontem da pressão e do pé direito que, apesar de ter diminuído o inchaço, ainda o incomoda. "É mais responsável esperarmos a conclusão de todos os exames para apresentarmos o diagnóstico. Isso é melhor até mesmo para ele e para a família. Afinal, ainda estamos no meio do caminho", disse.
Para o médico, o estado de saúde de Arruda vem apresentando uma melhora, mais ainda continua a preocupação com o estado psicológico dele, que teve a dose de remédio contra depressão dobrada na semana passada. "Ele tem reclamado ainda da pressão alta e também estamos avaliando essa questão da depressão", afirmou.
Arruda deve sair hoje da prisão pela terceira vez. A expectativa do médico é que ele realize uma tomografia no coração para poder auxiliar na avaliação dos problemas cardíacos. No primeiro eletrocardiograma, foi identificada uma pequena alteração. A Polícia Federal não confirmou ainda a saída do governador.
Na semana passada, Arruda também passou por exames de sangue e urina, que não apresentaram alterações.
Prisão
Arruda está preso há mais de um mês por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e teve o pedido de liberdade negado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Nove ministros seguiram o voto do relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, que entendeu que Arruda ainda oferece risco às investigações do esquema de arrecadação e pagamento de propina. Apenas o ministro Dias Toffoli votou pela liberdade.
O governador e mais cinco aliados tiveram a prisão decretada no dia 11 de fevereiro. Eles foram acusados de tentar subornar o jornalista Edson dos Santos, o Sombra, uma das testemunhas do esquema.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que Arruda deve permanecer preso até o fim das investigações da Polícia Federal sobre suposto esquema de corrupção.
"Tão logo essa investigação esteja concluída, o Ministério Público será o primeiro a opinar pela soltura do governador. Só não queremos que ele interfira na produção da prova. É um esquema criminoso muito complexo e, portanto, a conclusão das investigações é algo igualmente complexo, e está dependendo de uma série de diligências da Polícia Federal", disse o procurador-geral.
Questionado sobre o fim do prazo de prisão preventiva, Gurgel respondeu: "Isso não existe, estamos ainda longe".
FONTE: FOLHA ONLINE
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