O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, informou na noite de ontem (11), por meio da assessoria do STF, que só hoje decidirá sobre o pedido de habeas corpus do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM).
Arruda está preso desde a tarde de ontem na Polícia Federal, em Brasília, na sala da diretoria ténico-científico da Polícia Federal. A sala não tem cama, apenas um sofá. A Polícia Federal não informou o tamanho da sala nem se há banheiro nela.
Até as 22h40, Arruda não havia recebido a visita de familiares. À noite, o secretário de Transportes, Alberto Fraga, esteve com Arruda na PF. Ele disse que o governador estava "sereno e calmo".
O decreto de prisão preventiva de Arruda foi expedido pelo ministro Fernando Gonçalves, do STJ, após requerimento do Ministério Público e parecer da Procuradora-Geral da República. Por 12 votos a 2, os ministros da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinaram a prisão do governador e de mais quatro pessoas envolvidas na tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como ´Sombra´.
O presidente da OAB nacional, Ophir Cavalcante, disse que a prisão do governador pode ser o marco histórico da quebra da impunidade na política brasileira. Ele complementou que "a decisão confere esperança à sociedade de que é possível derrotar a corrupção.
A prisão também foi apoiada pelo presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares Pires. Por meio de nota, ele afirmou que há fortes indícios de que o governador do DF estaria tentando destruir provas do processo no qual é acusado de corrupção - e esse é um dos requisitos para a decretação de uma prisão preventiva.
A Polícia Federal também cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Arruda, na residência oficial e na sede administrativa do governo do Distrito Federal após a prisão do governador.
Fonte: JusBrasil
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